'Se não tiver público nas outras, não pode ter no Rio', diz cartola do Galo
Indagados pelo blog sobre o tema, os presidentes de Atlético-MG, Fortaleza Grêmio e Santos se manifestaram a favor da volta de público no Brasileirão só se a medida valer para todos os clubes envolvidos na disputa.
Na última sexta, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, anunciou o retorno de público aos estádios no Estado com a partida entre Flamengo e Athletico, no próximo dia 4, no Maracanã. Para a ideia, que prevê liberação de 30% da capacidade do estádio, ser colocada em prática, faltam ajustes e conversas com diferentes órgãos.
Andrés Sanchez foi o primeiro cartola a reagir anunciando que o Corinthians não entrará em campo se a volta da torcida não valer para todos ao mesmo tempo.
Dos quatro dirigentes ouvidos pelo blog, nenhum foi tão radical quanto o alvinegro, mas todos se posicionaram contra a liberação da venda de ingressos em uma praça antes das outras.
"Sou a favor da volta coletiva, em todos os estados. Por coerência, acho que o equilíbrio técnico deve prevalecer em uma competição tão disputada", afirmou Marcelo Paz, presidente do Fortaleza. Para ele, será preciso esperar que todos os locais que tenham jogos na disputa estejam numa situação em relação à pandemia de covid-19 que permita essa flexibilização.
Romildo Bolzan, presidente do Grêmio, segue a mesma linha. "Sou a favor, de modo controlado, com no máximo 30 por cento da ocupação e no momento em que todas as praças possam jogar. Caso isso não seja possível, gerando desequilíbrio, sou contra", declarou.
José Carlos Peres, presidente do Santos, conta com a CBF para evitar que clubes de uma cidade, no caso o Rio, possam vender ingressos antes dos outros.
"O Santos entende que a volta do público, mesmo com apenas 30%, deve ocorrer ao mesmo tempo em todas as praças.
Caso contrário, certamente causará desequilíbrio na competição.
Não acreditamos que a CBF permitirá que isto ocorra em apenas algumas praças", afirmou o dirigente.
Indagado se estudaria a possibilidade de seu time não entrar em campo, caso o Rio tenha a volta de torcida antes dos outros estados ele disse preferir uma negociação entre todas as partes envolvidas no Brasileirão.
"Creio que a solução deva ser negociada com a participação de todos os clubes, e não de forma isolada. Há clima e união para que isto ocorra de forma conjunta e pacífica. O Santos aguarda o bom senso nesta volta do público para que haja protocolos rígidos de proteção a saúde dos torcedores e que a liberação ocorra em igualdade", argumentou Peres
O presidente santista declarou ainda ter a informação de que a CBF trabalha pelo retorno parcial dos torcedores ao mesmo tempo para todas as equipes.
Na opinião de Sérgio Sette Câmara, presidente do Atlético-MG, os protocolos que permitem o funcionamento de estabelecimentos de diferentes áreas em praticamente todo o país indica que é possível liberar com restrições a venda de ingressos.
"Nós entendemos que se já tem bares, feiras, shoppings, comércio, de um modo geral funcionando, então, o futebol, seguindo os protocolos, dentro dessa linha de 30% de ocupação dos estádios, me parece bastante razoável. E os clubes precisam muito disso. Estamos sem receita já há alguns meses. É importantíssimo para que a gente possa aliviar um pouquinho o caixa", afirmou o dirigente do Galo.
Ele também se posicionou contra o retorno dos torcedores antes no Rio. "Na minha opinião, e muitos presidentes pensam da mesma forma, a volta só pode e só deve acontecer se for isonômico o tratamento. Então se tiver jogo no Rio de janeiro, tem que ter jogo em todas as outras praças do Brasil. Se não tiver nas outras, não pode ter no Rio de Janeiro também", defendeu o atleticano.
Além do Rio, o Governo do Espírito Santo, que não tem times na Série A, autorizou a presença de público em seus estádios. Porém, são no máximo 100 torcedores em cada local e apenas nas cidades classificadas como de baixo risco na pandemia. As regras foram publicadas no último sábado (19) no Diário Oficial do Estado.
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