Briga de pai de gerente do Corinthians com ex-cartola reforça mau comportamento de vips
Miguel Marques e Silva, ex-diretor das categorias de base do Corinthians, acusa o pai do ex-jogador Edu, gerente de futebol do clube de agredi-lo após o clássico com o São Paulo. A confusão aconteceu numa área do Pacaembu próxima ao vestiário corintiano.
Miguel é juiz de direito e trabalha na coordenação do juizado que atua nos estádios paulistas. Ele contou ao blog que depois da partida levou o filho de um colega para tirar fotos com os jogadores corintianos. "Estávamos esperando a saída dos atletas. O pai do Edu começou a gritar e a dizer que eu 'encoxei' a mulher dele. Nem cheguei perto dela. Mas ele veio e me deu um soco", disse o ex-dirigente.
Procurado pelo blog, Edu não negou a agressão, mas, educamente, afirmou que não passaria o telefone de seu pai. Preferia não esticar o assunto. Disse que tentaria fazer as pazes entre os dois. Miguel foi diretor de Edu nas categorias de base do Corinthians. O ex-cartola afirmou que não decidiu se abrirá um processo contra o suposto agressor.
Sem entrar no mérito da discussão, nenhum dos dois deveria estar ali. Infelizmente não se trata de um caso isolado no futebol paulista. Principalmente no Pacaembu, os jogos sofrem com um excesso de vips e convidados de cartolas e jogadores. Muitos deles perdem a linha no momento em que deixam aflorar o lado boleirão. É impressionante a quantidade de fãs que consegue se aproximar dos vestiários e ônibus das equipes. O excesso de tietes em local de trabalho acaba gerando confusões.
Foi o que aconteceu na final da Libertadores, com a entrada de vários torcedores no gramado pelo portão do vestiário do Santos. Pelo menos um deles, o filho do delegado Osvaldo Nico, envolveu-se na briga com jogadores uruguaios.
O Ministério Público estuda medidas para reduzir o número de convidados e coibir carteiradas durante os jogos. Dois promotores me disseram, informalmente, que a situação fugiu do controle.
Esses episódios recentes dão uma pequena ideia do que acontece às vésperas de partidas importantes. Dirigentes não param de receber telefonemas de amigos e autoridades pedindo ingressos para levarem convidados. Bate-bocas e chiliques são frequentes. Muita gente desce do salto. Recentemente, além da decisão da Libertadores, a despedida de Ronaldo pela seleção, também no Pacaembu, deixou histéricos os caçadores de convites.
A proximidade da Copa do Mundo deveria servir de estímulo para dirigentes e autoridades iniciarem uma campanha contra carteiradas e trens da alegria nos saguões dos estádios.
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