Concentração antecipada gera nova crise no Palmeiras

Na última sexta, Luiz Felipe Scolari decidiu antecipar em um dia o início da concentração do Palmeiras para o jogo com o Ceará, nesta quinta. Porém, quis fazer a mudança em sigilo. Pediu para um funcionário do clube reservar uma diária a mais no hotel, sem espalhar a notícia.

Assim, o gerente administrativo Sérgio do Prado só soube pouco antes de a equipe se concentrar. Não gostou e chegou a falar em demitir o funcionário. Segundo integrante da comissão técnica, Prado disse para o empregado do clube escolher se está do lado da diretoria ou da turma de Felipão. Isso mostra o clima de conflito entre a direção de futebol e o estafe de Scolari.

Foi a vez de Felipão torcer o nariz, pois partiu dele a ordem de fazer segredo sobre a concentração antecipada, manobra normalmente usada pelos treinadores para colocar um freio em atletas baladeiros.

Diante da insatisfação de Scolari, o presidente Arnaldo Tirone entrou no circuito e evitou a demissão do funcionário.

"Decidimos nos concentrar mais cedo porque o último jogo, com dois a menos, foi muito desgastante e os jogadores precisavam de descanso. Fizemos tudo em sigilo para não parecer punição a um time que se esforçou. Se de fato alguém não gostou, foi porque não sabia da mudança", disse o vice de futebol Roberto Frizzo.

Na declaração de Frizzo só não dá para entender como o episódio tem a ver com o jogo diante do Avaí, se a decisão foi tomada por Felipão um dia antes da partida, segundo a assessoria do treinador.

Prado, por sua vez,  não conversa com o blog. Diz que só o vice está autorizado a falar sobre as questões do futebol palmeirense.