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Corintianos cobram de Tite firmeza de Felipão contra agentes

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18/06/2011 13h00

A briga do palmeirense Luiz Felipe Scolari com empresários e dirigentes respingou em Tite. Conselheiros corintianos cobram do treinador uma postura idêntica à de Felipão para diminuir a influência de agentes no Parque São Jorge.

"Quem me dera ter um Felipão no Corinthians. Barrar jogadores de empresários é o que mais precisamos. Só não sei se sobrariam 11 para escalar", afirmou Rubens Gomes, membro do Conselho de Orientação e ex-diretor de futebol.

Há até na diretoria quem critique Tite por não ter pulso firme ao discutir a contratação de atletas indicados por empresários. Alguns reforços nem vão para o time principal. Chegam e integram a equipe B.

Os críticos do treinador dizem que ele deveria defender os interesses do clube, mesmo contra a vontade de cartolas que confiam cegamente nas indicações de intermediários. Afinal, os atletas trazidos por agentes tiram espaço das revelações do clube. Júlio César é o único titular formado no Parque São Jorge.
Outro efeito colateral é sentido quando jogadores são vendidos. O alvinegro sempre precisa dividir a receita com parceiros, já que os jovens raramente estão na vitrine. E qualidade não parece faltar para os garotos corintianos, acostumados a abastecer com troféus as prateleiras do clube.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.