Irritado com economia em hotel, Felipão chegou a se recusar a ir para concentração
A diretoria do Palmeiras resolveu reduzir gastos até na concentração e abriu uma grave crise com Luiz Felipe Scolari. O treinador se irritou por causa de uma ordem para que a nutricionista Alessandra Favano não se concentrasse com a equipe nesta sexta-feira, a fim de economizar uma diária.
Nervoso, o técnico chegou a dizer para os dirigentes que ficaria em casa, cedendo sua vaga no hotel para a funcionária. Ele julga ser fundamental a presença dela para cuidar da alimentação dos atletas.
Em meio ao terremoto, o elenco iniciou o período de concentração sem Scolari. Ele ficou em casa, conforme prometido. Porém, o blog não conseguiu confirmar se mais tarde Felipão foi para o hotel.
O treinador já havia reduzido o número de membros de sua comissão nas concentrações. Fez cair a quantidade de quartos de 25 para 15. Número ímpar por causa da presença de Alessandra, a única mulher do grupo e que não tem com quem dividir apartamento. Mas agora a diretoria entendeu que não havia a necessidade de ela acompanhar o time. A iniciativa de economizar um pouco pode ter custado caro.
Enquadrado na política de apertar o cinto, Felipão já concordou em liberar jogadores para serem negociados, além de colaborar com a economia na concentração. Ele divide quarto como todos os atletas. Em sua passagem anterior pelo Palmeiras, desfrutava de uma suíte exclusiva.
Recentemente, Felipão já tinha ficado descontente com pedidos da diretoria de futebol para que demitisse funcionários ligados à comissão técnica. Gente com salários são pequenos para os padrões do futebol. O treinador conseguiu mantê-los. Constantemente, ele também se irrita com ataques de uma ala radical do Conselho Deliberativo que o critica internamente e pela imprensa.
Agora, no entanto, a crise atingiu seu auge, apesar de o vice de futebol, Roberto Frizzo, negar o episódio da concentração. "Não aconteceu nada, ninguém impediu a nutricionista de ficar no hotel. Isso é coisa de quem tem um prazer quase sexual em prejudicar o clube", afirmou ao blog. O gerente administrativo Sérgio do Prado também negou o imbróglio. Porém, ouvi de quatro pessoas diferentes a mesma versão sobre o incidente.
Politicamente, o atrito respinga em Prado e Frizzo, diretamente ligados à administração do futebol alviverde. O gerente passa por um processo de fritura. Conselheiros fizeram um abaixo-assinado para que o presidente Arnaldo Tirone tome providências em relação à entrevista dada por ele ao blog com críticas a membros do Conselho. Frizzo bancou o gerente e passou a ser alvo de disparos também.
Tudo isso é café pequeno perto da turbulência criada com Felipão. A missão prioritária do presidente palmeirense agora será acalmá-lo. Tirone precisará de habilidade para estancar a insatisfação do técnico.
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