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Lembrete aos que disputam Ronaldinho Gaúcho

Perrone

02/01/2011 13h27

Luís Paulo Rosenberg, vice de marketing do Corinthians, gastou sola de sapato quando o clube contratou Ronaldo. Demorou até fechar todos os contratos para bancar os salários do Fenômeno. E o taxímetro já estava rodando.

A mesma dificuldade encontrou o Santos quando trouxe Robinho. Ele recebeu o primeiro mês com atraso e o clube precisou completar a verba que seria só de anunciantes.

Antes mesmo de Ronaldo se apresentar, Andrés Sanchez se reuniu como o goleiro Felipe para tentar evitar ciúmes por causa do salário fenomenal. E Ronaldo cativou os companheiros dividindo os bichos com os mais novos. No Santos, Robinho já era amigo dos Meninos da Vila.

No Parque São Jorge, Mano Menezes não domou Ronaldo fora de campo, e ele demorou para entrar em forma. É difícil para qualquer treinador lidar com jogador desse porte.

Todos esses aspectos valem para Grêmio, Flamengo e Palmeiras na corrida por Ronaldinho Gaúcho. É necessário dinheiro em caixa para bancar pelo menos o primeiro mês.

E será que os cartolas avaliaram o impacto que a chegada de Ronaldinho terá em seus elencos? Vai rolar ciúme? A convivência com o astro será saudável para os mais jovens? Assinar o contrato é a parte mais fácil. O difícil é preparar o terreno para a contratação dar certo.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.