Palmeiras e WTorre marcam reunião para lavar roupa suja

Após trocarem farpas por meio de cartas registadas em cartório, Palmeiras e WTorre agendaram uma reunião para a próxima quarta-feira. As duas partes levarão várias queixas para o encontro.

A parceria vive uma nova crise desde que o clube enviou uma carta para a empresa. Afirmou que ela não cumpriu pontos do contrato para a construção de um novo estádio e pediu uma reformulação no acordo. Foi uma resposta à notificação enviada em março pela construtora solicitando que a diretoria evitasse críticas de seus conselheiros ao projeto.

No mesmo documento, a WTorre pediu para o Palmeiras regularizar em 30 dias a escritura de uma área envolvida no negócio.

No feriado de Páscoa as duas partes voltaram a entrar em descompasso. A construtora queria demolir uma área do clube, mas a diretoria pediu para que a ação fosse adiada para não atrapalhar os sócios naquele momento. Argumento curioso, pois o clube está praticamente desativado.

Nesta segunda, executivos da WTorre voltaram a discutir internamente a possibilidade de paralisar as obras. A alegação seria de que o Palmeiras não cumpriu o prazo estipulado na carta para regularizar a escritura, além de não entregar outros documentos. A ideia ainda não foi abandonada, apesar de Walter Torre anunciar em seu twitter "que por enquanto" não vai parar os trabalhos.

"Se eles querem paralisar as obras não é problema meu. Vai me afetar, mas é uma decisão deles. Não descumprimos o prazo, já enviamos uma carta para eles respondendo à solicitação que fizeram", afirmou Arnaldo Tirone. O presidente palmeirense irá ao encontro de quarta acompanhado de seus vices. "Se der para melhor alguma coisa no contrato, vamos tentar", completou o dirigente. Ele recebeu um e-mail de Walter Torre informando que havia anunciado no twitter não ter a intenção de interromper a obra agora.

A assessoria da construtora disse ao blog que a empresa não iria se pronunciar.