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Palmeiras gasta R$ 3,8 milhões em comissões com Valdivia

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22/10/2010 06h00

Depois de muita polêmica no clube, o Conselho Gestor do Palmeiras apresentou ao Conselho de Orientação e Fiscalização (COF), nesta quinta-feira, os números oficiais referentes à compra de Valdivia. Foi na mesma reunião em que as contas de setembro foram rejeitadas por unanimidade.

 A quantia gasta com intermediários na vinda do chileno impressiona, principalmente por ser uma contratação e não uma venda. Os direitos econômicos de Valdivia custaram 6. 225. 000 euros ou cerca de R$ 14,6 milhões. Além desse valor, o clube terá de desembolsar 1. 645. 000 euros em comissões, de acordo com dois membros do COF. A quantia corresponde à cerca R$ 3, 8 milhões.

Os mesmos conselheiros do COF explicaram ao blog a distribuição das comissões. Segundo eles, são 625.000 euros para o empresário Rodolfo Forte. O pai de Valdivia, representante do jogador, tem direito a 800.000 euros. Mais 220.000 euros irão para um advogado que cuidou da papelada para que o conselheiro Henrique Furlan comprasse parte dos direitos do chileno. As quantias foram parceladas e boa parte ainda não foi paga.

Além de todos esses gastos com comissões, o Palmeiras deu 10% dos direitos econômicos para o jogador. O clube ainda terá de pagar uma carta de crédito adquirida junto a um banco, no valor de 6.250.000 euros e que foi dada aos árabes como pagamento.

Toda a negociação foi tocada pelo presidente Luiz Gonzaga Belluzzo, hoje licenciado por ter operado o coração. A qualidade de Valdivia todo mundo conhece no Palestra Itália. A discussão é se o clube estava em condições de assumir mais essas dívidas. E se o presidente agiu mais como um torcedor apaixonado, ansioso por ver seu ídolo de volta, do que como dirigente.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.