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Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho: entre tapas e beijos

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06/01/2011 12h55

Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho passaram a carreira inteira numa disputa velada para ver quem é capaz de fazer mais dinheiro com sua imagem. Concorriam também pelo status de jogador mais importante da seleção.

A volta de Ronaldinho ao Brasil abriu a possibilidade de unirem forças. Segundo cartolas do Corinthians, a empresa montada pelo Fenômeno seria a responsável pelo projeto que não vingou para o clube contratar o ex-milanista. A firma de Ronaldo se encarregaria de conseguir patrocinadores.

Seria uma reviravolta na rivalidade histórica entre ambos. A concorrência é evidente para quem conversa com os empresários da dupla, Fabiano Farah e Assis.

Para amigos, Fabiano e Roanaldo já disseram que Ronaldinho vende sua imagem por um preço muito baixo. Do outro lado, o Fenômeno é visto como um jogador que muitas vezes ofuscou Ronaldinho mais por suas jogadas de marketing do que por seus lances em campo.

Um dos pontos altos da disputa aconteceu antes da Copa de 2006, quando Ronaldinho foi o primeiro da seleção a assinar com o Santander. Fechou por US$ 1 milhão. Ronaldo ganhou mais do que o dobro: US$ 2,5 milhões. Ronaldinho faturou menos do que Kaká (US$ 2 milhões) e Robinho (US$ 1,8 milhão).

Em termos de marketing, Ronaldo esteve quase sempre em vantagem sobre o xará gaúcho. Mas perde feio no quesito publicidade no retorno ao Brasil. Sua negociação foi discreta, enquanto Assis transformou o regresso de seu irmão em uma novela transmitida em tempo real. E num leilão sem precedentes. Prefiro o estilo adotado na volta de Ronaldo.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.