Vereadores e SPFC vão à prefeitura por liberação do Morumbi; argumento é igual ao do Itaquerão
Os vereadores Marco Aurélio Cunha, conselheiro do São Paulo, e José Police Neto, presidente da Câmara Municipal, se reuniram hoje na prefeitura com Cláudio Lembo, secretário municipal de negócios jurídicos. Foram defender o Morumbi da recomendação feita pelo Ministério Público para que a prefeitura não autorize mais shows no estádio.
O encontro foi um aquecimento para a reunião marcada para horas depois entre Lembo e representantes do São Paulo sobre o mesmo tema. Os tricolores saíram de lá dizendo que a prefeitura demonstrou ser uma parceira na solução do problema.
Um dos argumentos usados pelos vereadores é o de que os shows são importantes para a cidade, pois atraem turistas e aumentam a arrecadação. Logo, seria interessante para a prefeitura ser compreensiva com a causa. Coincidentemente, a tese é semelhante à de que a abertura da Copa vai gerar receitas para a cidade, justificando a colaboração municipal com o estádio corintiano.
Cunha também argumenta que o Morumbi gera mais sossego para a vizinhança do que provoca barulho. "Durante 25 dias do mês, não há eventos. Fica tudo calmo e ainda existem os seguranças do São Paulo por lá. Uma empresa geraria muito mais movimento e barulho o ano inteiro. É um descalabro dizer que o Morumbi provoca transtorno. O Ministéirio Público deveria colocar na balança os benefícios, que são bem maiores, e os efeitos colaterais provocados pelo estádio", declarou Cunha.
Outra justificativa é a de que a cidade tem poucas áreas para a realização de shows e seria prejudicada com o veto. "São Paulo não tem praia, e o paulistano não gosta só de shopping", afirmou o ex-superintendente de futebol do clube.
Também é usado na defesa o fato de o Morumbi receber shows desde os anos 80. Assim, novas leis não poderiam prejudicar uma vocação antiga da arena. "Estão criando leis que dificultam a sobrevivência dos clubes. Desse jeito, logo a cidade não poderá ter nem festa junina. Hoje, está acontecendo com o São Paulo, mas depois será com a nova arena do Palmeiras, o futuro estádio do Corinthians… Não estou defendendo só o meu time. Quero defender o Paulistano, o Pinheiros, o Palmeiras", afirmou Cunha.
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