WTorre evita nome Palestra Itália e rebate críticas
Na última sexta, participei de uma apresentação sobre no novo estádio do Palmeiras feita por Rogério Dezembro, ex-diretor do clube e agora funcionário da WTorre. Ele conversou longamente com um grupo de jornalistas. Em seguida, foi nosso guia em uma visita às obras.
Dezembro exibiu o mesmo material que apresenta a estrangeiros interessados no naming right. De cara, achei curioso o fato de o estádio ser batizado pela construtora de Nova Arena. Nada de Arena Palestra Itália, nome usado pela diretoria.
O ex-cartola mostrou dados para comparar o antigo estádio ao que será erguido. Confira alguns deles:
Púbico: A capacidade vai passar de 27 mil para 45 mil lugares.
Estacionamento: Eram 218 vagas, serão 1.500.
Alimentação: Antes o estádio tinha seis lanchonetes, agora terá 25 e mais três restaurantes. Uma rede de lanchonetes já negocia com a WTorre.
Segundo Dezembro, além de 30 jogos por ano, a arena também receberá, em média, um show por mês. Terá ainda espetáculos num espaço menor, com capacidade para 15 mil pessoas.
A conversa esquentou quando o ex-dirigente começou a rebater as críticas de conselheiros ligados à atual diretoria. O ex-presidente Mustafá Contursi, por exemplo, diz que o clube receberá daqui a 30 anos um estádio antigo, defasado. "Não vamos entregar detonado, porque se estiver detonado, porco como era na época dele, quando o estádio era chamado de boate e não tinha nem lâmpada, não vou conseguir vender nada", disse Dezembro.
Ele também rebateu as reclamações de que o clube arrecadará pouco em relação à parte que caberá à WTorre. "Só de ingressos referentes aos camarotes, o Palmeiras terá 14 mil bilhetes garantidos por jogo. É como se tivesse uma média de público garantida nos próximos 30 anos de ao menos 14 mil pessoas. Isso dá uns R$ 420 mil por partida. São R$ 12,6 milhões por ano durante 30 anos. Durante todo o período do contrato, o clube vai arrecadar mais de US$ 1,1 bilhão, se contarmos também todas as outras receitas envolvidas."
Obras
Na visita às obras, o que se pode ver é muito trabalho no que era a parte social e praticamente nenhum na área do estádio, com um trecho arquibancadas demolidas. A explicação da construtora é a de que, pelo contrato, os prédios do clube precisam ficar prontos antes da arena.
São 200 funcionários trabalhando por dia. Parte deles ficou surpresa ao demolir um pedaço da arquibancada e descobrir que por baixo dela havia outra, mais antiga. Pela avaliação da equipe da construtora, por causa disso, o estádio antigo estaria condenado num prazo de dez anos. Um motivo a mais para a WTorre defender o novo projeto.
No final da visita, fiquei com a sensação de que o ritmo das obras na área social é intenso, mas que mesmo assim a luta contra o relógio será árdua. Falta muito ainda para o trabalho chegar efetivamente ao estádio
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