Inter não pode parar de vender, diz dirigente
Perrone
04/09/2010 15h45
Em entrevista ao blog, Fernando Carvalho defendeu posição contrária à do Santos que segurou Neymar. O vice-presidente de futebol do Internacional diz que, para se manter bem, o time tem de fechar pelo menos três grandes vendas por ano. Veja os principais trechos da conversa:
Com a conquista da Libertadores, a participação no Mundial e as últimas vendas, o Inter está tranquilo financeiramente?
Tranquilo nunca está, temos sempre que correr atrás. Vendemos Sandro, Walter e o Taison por 20 milhões de euros. E isso nos deu um fôlego.
O Inter vai precisar vender mais jogadores na próxima janela, entre o fim de 2010 e o começo de 2011?
Vai. Não pode parar de vender nunca. Se você para de vender, não aparecem outros bons jogadores no clube para você revelar. Vendemos o Taison porque tínhamos o Marquinhos aparecendo, o Sacha… Se você não vende, os jovens não aparecem e nunca serão bem vendidos.
No São Paulo há quem diga que o clube tem revelado poucos jogadores por disputar muito a Libertadores e que nesse torneio são necessários jogadores experientes.
Não é dessa maneira que pensamos. Apostamos na mescla de jovens e veteranos. Ganhamos a Libertadores assim.
O Inter já sabe quem deve vender na próxima janela?
O Giuliano tem um grande potencial. Temos também o Leandro Damião, contratado por R$ 600 mil. Com certeza, vai ser vendido um dia por uns 7 milhões de euros.
Quanto representa a venda de jogadores no orçamento do clube?
É a parcela mais importante. Nosso orçamento para este ano era de R$ 150 milhões, mas vendemos uma área perto do Beira-Rio, fizemos algumas outras ações e devemos fechar com R$ 200 milhões de reais. Desse valor, R$ 21 milhões são da TV e R$ 35 milhões da parte social. Só na venda de três jogadores foram R$ 55 milhões.
Qual sua opinião sobre o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, pedir a abertura das contas do Clube dos 13?
Não sabia disso. Mas ele está no direito dele.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
Sobre o Blog
Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.