Além de se reunir com o presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Sérgio Corrêa, para protestar contra Sandro Meira Ricci, dirigentes do Cruzeiro vão acompanhar o sorteio dos árbitros para a próxima rodada do Brasileiro. Será a primeira vez que farão isso no Brasileirão deste ano. O sorteio é aberto ao público, mas os cartolas só costumam aparecer quando estão insatisfeitos.

A estratégia cruzeirense é clara: tentar manter viva a discussão até a próxima rodada. Os dirigentes acreditam que assim podem proteger o time de futuros erros.

Na conversa com Corrêa, os mineiros vão alegar que Ricci não deu quatro impedimentos a favor do Cruzeiro, três deles ainda no primeiro tempo e que esse essa quantidade de falhas é acima da média. Em relação ao pênalti assinalado em cima de Ronaldo, o argumento é que o lance é semelhante ao segundo choque polêmico envolvendo o goleiro Júlio César e o atacante Tiago Ribeiro. E que, se houve pênalti numa jogada, houve também na outra.

Mas o Cruzeiro tem sido mesmo tão prejudicado pelos árbitros? Não foi favorecido por erros dos juízes no Brasileirão? Os dirigentes mineiros respondem que seu time perdeu vários pontos por causa da arbitragem e que foi favorecido apenas contra o Ceará.

A decisão do Cruzeiro de ir ao Rio é só uma mostra de como os bastidores vão ferver nas últimas rodadas do Brasileirão. A pressão sobre os árbitros será enorme. E isso só aumenta a possibilidade de erros decisivos.