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Briga por mudanças na distribuição das cotas de TV justifica rebeldia

Perrone

25/02/2011 13h15

Um dos principais motivos para Corinthians e os quatro grandes do Rio terem se rebelado contra o Clube dos 13 é o desejo que cada um tem de aumentar a sua fatia na divisão do dinheiro da TV.

O novo contrato, no valor mínimo de R$ 500 milhões anuais para a TV aberta, já representa um aumento nos ganhos dos clubes. Mas não é suficiente. Corinthians e Flamengo querem ganhar uma porcentagem maior do que a destinada a São Paulo, Palmeiras e Vasco, que desejam se distanciar do Santos, que reivindica fazer parte do grupo que mais ganha.

Hoje, Corinthians, Flamengo, São Paulo, Palmeiras e Vasco recebem a mesma quantia. O Santos aparece em seguida. Atrás dele estão Fluminense e Botafogo, que também almejam participar do segundo pelotão.

O raciocínio dos quatro do Rio é igual ao do Corinthians. Admitem assinar com a mesma emissora de TV do C13. Mas, se autorizarem a entidade a negociar por eles, terão que aceitar a divisão de cotas proposta por ela, estabelecida pela vontade da maioria.

Conversando separadamente com as TVs, eles tentam arrancar um valor igual a um aumento na porcentagem. Mas isso significaria para a compradora pagar mais no total, a não ser que ela reduza o montante prometido ao C13.

A declaração do presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, dá uma ideia de como vai ser a briga: "Se eu souber que a emissora está pagando mais para o Corinthians separadamente não assino o contrato". Todos os clubes precisam assinar.

Enfim,  mais do que interesses políticos ou preocupações com a organização do futebol brasileiro, o levante tem a ver com disputa por dinheiro, obviamente.

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Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.


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