Confecção de tabela é arma da Globo na guerra das TVs
Perrone
10/03/2011 18h06
Imagine que o racha no Clube dos 13 faça com que dois blocos de times assinem contratos com diferentes emissoras de TV. Um com a Record e outro com a Globo, por exemplo. Se isso acontecer, a atual detentora dos direitos deve levar vantagem na hora da confecção da tabela do Brasileirão.
Hoje, a Globo participa da definição dos horários e datas dos jogos. Como está ao lado da CBF na briga, ela manteria esse privilégio. Assim, partidas envolvendo seus clubes com mais audiência poderiam ser marcadas no mesmo horário dos principais confrontos exibidos pela Record. Seria uma forma de tentar minar a concorrência.
Nenhuma outra emissora teria tanta liberdade quanto a Globo para dar seus pitacos na construção da tabela. A Record e as outras sabem disso. Esse é um dos motivos que fazem com que seja difícil de acreditar na assinatura de contratos diferentes. Não fique surpreso se, apesar do racha, o acordo for fechado com uma só emissora.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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