Rebeldes esperam por São Paulo e Galo para montar Liga com 18 clubes
Perrone
31/03/2011 07h00
Pelas contas dos dissidentes do Clube dos 13, o grupo já tem 16 times alinhados com a Globo para formar uma nova Liga. Nesse cálculo estão Internacional e Atlético-PR, integrantes da base aliada do C13.
Os outros 14 seriam Corinthians, Palmeiras, Santos, Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Cruzeiro, Grêmio, Coritiba, Goiás, Sport, Bahia e Vitória.
Os dirigentes acreditam que com 16 equipes já podem criar a Liga. Mas querem pelo menos 18. Esperam que Atlético-MG e São Paulo se juntem à turma em breve. Avaliam que a dupla não pode ser alijada do processo.
As discussões sobre o formato da Liga ainda estão no início. Mas, antes de ter os participantes e a emissora de TV, o projeto já tinha o aval da CBF. Faz tempo que Ricardo Teixeira quer se ocupar só com seleção, Copa de 2014 e sua candidatura à presidência da Fifa. Planeja deixar o Brasileirão sob os cuidados de um homem de sua confiança. Por isso tentou eleger Kléber Leite para a presidência do Clube dos 13.
Como o candidato da CBF perdeu a eleição, Andrés Sanchez deu início ao plano de implodir o C13 para que a confederação "terceirizasse" o Nacional.
Os rebeldes agora terão que escolher um entre dois caminhos para a futura associação: apenas gerir o Campeonato Brasileiro ou criar de fato uma competição.
Caso a opção seja por administrar o Nacional nos moldes atuais, estará consumada apenas uma rasteira no C13, em Fábio Koff e em Juvenal Juvêncio.
Se a Liga criar realmente uma nova competição, um dos principais temas a serem definidos é a permanência dos pontos corridos ou a volta dos mata-matas, modelo bem visto pela Globo. Outro fator crucial seria a questão do acesso e do rebaixamento. Não há um consenso sobre o tema entre os líderes do movimento.
Caso aconteça uma nova competição com 18 times, Guarani e Portuguesa, até agora leais ao C13, ficariam fora. Levariam a pior na guerra pelos direitos de transmissão do Brasileiro.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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