SPFC blindou Luis Fabiano contra Inter e Corinthians com funcionário na Espanha
Perrone
13/03/2011 11h37
Enquanto negociava com o São Paulo, Luis Fabiano afirmou que gostaria de ter na Espanha a companhia de um amigo que é funcionário do clube.
A diretoria não pensou duas vezes. Pagou a passagem do rapaz, que trabalha na assessoria de imprensa. Ele foi orientado a grudar no jogador de tal maneira que Jose Fuentes, agente do atacante, ficasse constrangido ao tentar convencê-lo a fechar com outra equipe. Seguiu as ordens por dez dias.
Segundo os são-paulinos, Fuentes preferia que o atleta fechasse com Inter ou Corinthians. Pela versão tricolor, os dois ofereceram 9 milhões de euros ao Sevilla, 1,5 milhão a mais do que o clube do Morumbi.
Nos últimos dias, quem mais insistiu foi o Colorado. Ainda segundo a versão tricolor, a última reunião com dirigentes do time espanhol e o jogador durou oito horas. E foi interrompida por vários telefonemas de cartolas gaúchos.
Ninguém sabe no Morumbi quanto Inter e Corinthians ofereceram ao atacante. No São Paulo ele ganhará cerca de R$ 200 mil entre salário registrado em carteira e direito de imagem.
O plano é dar a Luis Fabiano um substancial complemento. Ele virá na forma de porcentagens referentes às ações de marketing. Esses projetos também serão usados para o São Paulo pagar o Sevilla.
Segundo a diretoria, antes de fechar a operação, o diretor de marketing, Adalberto Baptista, fez acertos verbais com patrocinadores já para assegurar o incremento salarial.
Adalberto, aliás, sai fortalecido do negócio. Consolidou-se como braço-direito do presidente Juvenal Juvêncio, passo importante na política do clube.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.