A diretoria do Palmeiras fez um reajuste no balanço apresentado pela antiga administração e aumentou o déficit operacional em 2010 de R$ 25 milhões para cerca de R$ 70 milhões. São R$ 68,2 milhões a mais do que o R$ 1,8 milhão de prejuízo calculado na previsão orçamentária elaborada para o ano passado.

Segundo os dirigentes que estão agora no poder, o aumento de R$ 45 milhões no prejuízo aconteceu porque seus antecessores não fizeram vários lançamentos no balanço. O déficit também é superior em R$ 29 milhões ao de 2009.

O prejuízo é maior ainda se for levada em conta a demolição do estádio Palestra Itália. O patrimônio do clube foi reduzido em R$ 40 milhões pelos cálculos de auditores. Mas voltará a crescer com a construção da nova arena. 

Uma das diferenças entre as contas das duas diretorias está no provisionamento para pagamento de dívidas referentes a ações na Justiça. O novo cálculo aumentou em R$ 6 milhões a quantia a ser reservada para esse fim. Parte dos direitos de imagem a serem pagos ao chileno Valdivia também não estava computada. E não aparecia no balanço anterior o pagamento de R$ 197  mil em comissões para empresários.

  No reajuste entraram ainda R$ 825 mil para pagamentos do mecanismo de solidariedade a clubes formadores de jogadores contratados pelo Palmeiras. A Fifa determina que o time comprador reserve do valor da contratação uma porcentagem para distribuir entre os clubes que ajudaram a formar o atleta. Esse cálculo não aparecia no primeiro balanço.

O blog telefonou para o ex-presidente palmeirense Luiz Gonzaga Belluzzo, mas seu celular estava desligado.