Sem poder de fogo, parlamentares combatem jogos às 22h
Perrone
19/04/2011 09h56
Deputados e senadores querem que os jogos às quartas e às quintas comecem antes das 22h. Devem pressionar CBF e representantes das emissoras de TV na audiência da próxima semana no Senado sobre a venda dos direitos de transmissão do Brasileirão.
Eles já demonstraram que abraçaram a popular causa na semana passada, quando bombardearam o corintiano Andrés Sanchez e o são-paulino José Francisco Manssur com perguntas sobre os horários das partidas. Saíram decepcionados, após ouvirem respostas como essa de Andrés: "quem paga escolhe o horário".
Perceberam que os cartolas nada farão para que os jogos comecem mais cedo e prometeram agir. "As TVs são concessões públicas. Podemos enviar para Globo uma recomendação, uma sugestão para que os jogos não comecem depois das 21h", disse ao blog a senadora Lídice da Mata.
Ao falar em sugerir, ela reconhece que o Senado não tem como impedir que as partidas comecem quando a televisão bem entender. Assim, por mais que deputados e senadores façam barulho, dificilmente seus protestos passarão de uma medida que pode render a simpatia dos eleitores. Nada além do famoso "jogar para a torcida".
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
Sobre o Blog
Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.