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Permanência de Tite divide Parque São Jorge

Perrone

15/05/2011 21h13

Andrés Sanchez anunciou a permanência de Tite no comando do Corinthians em meio a uma divisão de opiniões entre diretores e conselheiros. A ala mais radical defendia a demissão do técnico mesmo em caso de título.

Esse grupo não perdoou a derrota para o Santos. Um slogan foi criado para atacar o treinador minutos após a decisão: "Venceu o técnico que é vencedor (Muricy Ramalho). Perdeu o técnico que é perdedor (Tite)".

Essa ala defende uma postura mais agressiva por parte de Andrés. Sugere que ele adote a filosofia do são-paulino Juvenal Juvêncio e procure um técnico empregado para comandar o time já na estreia no Brasileirão. A maioria que pensa dessa forma suspira por Dorival Júnior.

Do outro lado do Parque, em minoria, estão os que aplaudem a manutenção de Tite. Primeiro por uma questão de coerência. Dizem que o grande vexame do técnico foi perder para o Tolima. Se ele não foi demitido naquela ocasião seria incoerente puxar seu tapete após a derrota para o Santos, que notadamente tem uma equipe melhor.

Outro argumento é o de que Tite não é o único culpado. Alguns jogadores, como Bruno César e Dentinho, renderam abaixo do esperado. Já Liedson sentiu o desgaste físico no final.

Além disso, o elenco tem falhas, que a própria diretoria já começou a tentar corrigir. Seria injusto Tite pagar a conta sozinho. Mas o argumento mais forte, e com o qual mais concordo, é a falta de um bom substituto na manga.

De nada adiantaria colocar Tite no olho da rua e iniciar uma corrida desesperada por um treinador. E não seira mesmo justo jogar tudo nas costas do técnico, por mais que tenha sua parcela de culpa. O certo é que ele já começará o Brasileiro pressionado.

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Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.


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