Parentesco faz Joana Havelange desrespeitar regra em evento da Copa
Perrone
31/07/2011 07h00
A cena chamou atenção no restaurante montado na Marina da Glória, no Rio, durante a semana do sorteio das eliminatórias da Copa de 2014.
Joana Havelange, diretora executiva do COL, o comitê organizador do Mundial, pede um refrigerante para acompanhar a refeição e leva a latinha.
Depois dela, um jornalista também quer ir para a mesa com a lata, mas ouve que é proibido. Precisa passar a bebida para um copo e deixar a latinha. Sabendo de quem se trata, aponta para a moça e diz que ela levou a lata. "Você sabe quem é ela? Ela é neta do João Havelange, filha do Ricardo Teixeira", argumenta o atendente.
"Mas eu também tenho avô e pai", rebate o jornalista, que acaba levando o refrigerante no copo. Não quero fazer tempestade em copo d´água, mas uma das principais figuras da organização da Copa deveria respeitar até as regras mais banais e dar o exemplo. Parentesco e sobrenome não podem servir como palavra mágica.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.