Criticado por ajuda do governo, Corinthians exalta ações sociais
Perrone
12/08/2011 17h17
A ajuda governamental ao Itaquerão bombardeou o Corinthians de críticas. A diretoria está incomodada e se sente injustiçada. Avalia que o clube oferece a contrapartida ao Estado turbinando projetos sociais. Alguns são mais antigos do que os benefícios ao novo estádio.
A estratégia dos cartolas é exaltar essas ações. O blog, contrário ao uso de dinheiro público em obras privadas, ouviu de um dos dirigentes do clube, em conversa informal, uma relação dessas ações. Ele diz que o Corinthians é…
"… um clube que se sente comprometido em tomar posição sobre Realengo, tsunami no Japão, Viva Vitão [rapaz morto recentemente em atropelamento], alimentar e levar criança carente para os jogos, apoiar a luta sobre violência contra a mulher, reabsorver ex-detentos [que vão trabalhar em Itaquera], fazer acordo com o Ministério Público comprometendo-se a investir R$ 18 milhões em projetos sociais. Que tem o projeto "Jogando pelo Meio Ambiente" e chama o Palmeiras para se juntar a ele, que faz três coletas de sangue anuais, em mais de 70 pontos do território nacional e produz uma diferença no estoque existente no país. Mais importante do que quadruplicar as receitas do clube foi direcionar nossa paixão incondicional a causas mais nobres do que produzir traumatismos cranianos em quem usa uma camisa verde ou tricolor."
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
Sobre o Blog
Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.