Fifa vai negociar com cada cidade-sede liberação de cerveja na Copa
Perrone
12/08/2011 07h00
A Fifa deixou claro para o Governo Federal que, por motivos comerciais, deseja a liberação da venda de cerveja nos estádios durante a Copa de 2014. Ouviu como resposta que não é possivel uma canetada da presidente Dilma Rousseff acabar com a proibição.
A decisão de autorizar ou não a venda pertence aos estados e às cidades. Atualmente, até as regras da CBF impedem a cervejinha durante os jogos. Pela maneira como prefeitos e governadores têm lidado com os desejos da Fifa, dá para imaginar que as negociações não serão difíceis.
Para incrementar o interesse da federação internacional, a Budweiser será lançada neste mês no mercado brasileiro. Terá produção nacional sob responsabilidade da AmBev. A Bud foi a cerveja oficial dos últimos Mundiais. E a federação internacional não imagina a Copa sem ela nos estádios.
No Ministério do Esporte há quem enxergue com bons olhos a liberação durante os jogos do Mundial. Mas, o pedido da Fifa já alimenta uma discussão nos bastidores sobre manter a autorização depois da competição. Será desconfortável para os governantes explicarem porque pode durante a Copa, mas não no Brasileirão, por exemplo. Um dos argumentos da Fifa é o de que não há casos de incidentes provocados por abuso de bebida dentro dos estádios nos últimos mundiais.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.