Ministério Público pode pedir fim de clássicos em Prudente
Perrone
30/08/2011 16h31
A confusão entre palmeirenses e policiais militares no último domingo, em Presidente Prudente, com dois torcedores feridos à bala, ameaça a realização de clássicos na cidade do interior. O Ministério Público paulista estuda o caso e pode recomendar que não haja mais jogos lá por questões de segurança.
O MP analisará se deve tentar impedir os confrontos entre os grandes em Prudente ou até mesmo em todas as cidades do interior. Há uma corrente no órgão que acredita que o consumidor está sendo prejudicado com os jogos fora da capital. Principalmente, em relação à segurança.
Informalmente, membros do MP afirmam que o episódio de domingo mostrou a falta de preparo da PM da região de Prudente para cuidar de grandes jogos, como Palmeiras x Corinthians. A principal falha teria sido policiais usarem arma de fogo durante o tumulto. O Ministério Público tem indícios de que os torcedores foram atingidos por munição de pistola ponto quarenta, usada pela PM.
Quem defende os clássicos somente na capital afirma que apenas o Segundo Batalhão de Choque da PM paulistana tem preparo para lidar com os torcedores. O MP também deve acompanhar as investigações feitas pela polícia sobre o incidente no interior.
O veto aos jogos no interior, porém, é polêmico. "Seria prematuro dizer que a Polícia Militar de Prudente não tem condições de garantir a segurança dos torcedores. Precisamos ver quais são os elementos que a promotoria criminal na cidade vai levantar", afirmou Roberto Senise, promotor da Defesa do Consumidor.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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