Ronaldo é criticado em Brasília por defender permanência de Teixeira
Perrone
19/02/2012 09h48
Ao ser convidado para integrar o COL (Comitê Organizador Local da Copa), Ronaldo ouviu conselhos de amigos para rejeitar a missão. A recusa evitaria riscos de arranhões em sua imagem. E o desgaste começou com a defesa feita pelo Fenômeno à permanência de Ricardo Teixeira na presidência da CBF.
"Foi desnecessário, é um desgaste para imagem dele. Defendeu alguém que com esperteza se mantém há décadas no poder. Até uma pessoa querida como o Ronaldo sofre ao se aliar a esse pessoal. O Ronaldo não precisava se envolver com essa gente", afirmou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), um dos maiores desafetos de Teixeira em Brasília.
Ronaldo também é criticado por não ter se desligado da 9nine, sua agência que trabalha com jovens jogadores e tem como cliente uma empresa interessada em fornecer assentos para os estádios do Mundial.
Chamado para melhorar a imagem do COL, Ronaldo agora corre o risco de ver acontecer exatamente o contrário: queimar o seu próprio filme.
Além de criticar Ronaldo, a oposição em Brasília voltou a cobrar que Dilma Rousseff não reconheça Teixeira como parceiro do Governo Federal na Copa após as novas denúncias. A exigência é para que ela pressione a Fifa para trocar o dirigente. Mas a entidade já ofereceu a cabeça do cartola à presidente. Ela respondeu não ser assunto de sua alçada.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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