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Andrés sente cheiro de fritura na CBF e arma reação

Perrone

26/03/2012 06h00

É rápido o ritmo do jogo nos bastidores da CBF após a queda de Ricardo Teixeira. Andrés Sanchez sentiu cheiro de fritura e passou a se articular nos bastidores. Mas José Maria Marin notou a aemaça de ter o diretor de seleções como opositor antes que fique confortável na cadeira da presidência. Para evitar a briga imediata, prepara afagos públicos em Andrés.

O corintiano ouviu que seu nome estaria num pacote de demissões programado pela dupla Marin/Marco Polo Del Nero. Mais pelo segundo, que nega ingerência na CBF, do que pelo primeiro. Zozó, cartola que há anos cuida das finanças da confederação, também estaria no pacote.

Andrés ouviu que a tendência seria ser demitido depois da Olimpíada de Londres. De acordo com seus interlocutores, ele estuda até se antecipar e pedir demissão, assim que a participação da seleção nos Jogos Olímpicos acabar.

Em seguida, passaria para a oposição, composta apenas pelas federações de Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. O caminho seria o mesmo que traçou no Corinthians, quando derrubou Alberto Dualib.

No Parque São Jorge, Andrés saiu do zero, com uma oposição anêmica, mesmo assim chegou ao poder.

Sabedor das dificuldades que enfrentaria com o corintiano do outro lado da trincheira, Marin estuda formas de agradá-lo. Quanto mais ele demorar para se juntar a oposição melhor.

Cedo ou tarde, o rompimento parece inevitável, já que, em tese, Del Nero e Andrés concorrerão à presidência da CBF, após a Copa do Mundo. A recente implosão do Clube dos 13 é um exemplo de como tal disputa pode chacoalhar o futebol brasileiro.

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Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.


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