As vaias de parte da torcida para Felipão, domingo, no Pacaembu, fazem eco no Palmeiras. Dirigentes do clube responsabilizam o treinador pelo empate com o Comercial, que teve dois jogadores expulsos. E pela consequente perda da quarta posição para o Guarani.

Além de não saber aproveitar a vantagem de dois jogadores a mais, Scolari é cornetado pela entrada de Vinícius no lugar de Maikon Leite.

Nem o fato de o juiz ter anulado um gol legítimo do alviverde alivia a barra do técnico. O entendimento é de que vencer com folga o Comercial era obrigação.

O tropeço também serviu para cartolas lembrarem que o treinador recebeu praticamente todos os reforços que pediu. Assim, não pode repassar a culpa.

Mas a enxurrada de críticas não parece colocar em risco o emprego de Scolari. Os disparos não partem de Arnaldo Tirone. O presidente evita entrar em confronto com o técnico. Há uma certeza no clube de que o dirigente aposta que a maioria da torcida está fechada com Felipão. Demiti-lo seria enfrentar a fúria dos fãs de Scolari.

Além disso, faltam bons nomes à disposição. Um exemplo é a situação de Jorginho. O técnico da Lusa arrancava suspiros no Palestra no início do ano. Agora, com o rebaixamento da Portuguesa, já é visto com desconfiança.