PSDB mira Ronaldo como deputado, após FHC convidá-lo como vereador
Perrone
06/04/2012 12h00
Em fase de montagem da relação de pré-candidatos a vereador para as próximas eleições, o PSDB lamenta não ter em sua lista o nome de Ronaldo. O Fenômeno foi convidado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para se filiar ao partido, no segundo semestre de 2011, mas não aceitou o convite.
Implícito na proposta, estava o projeto para o ex-jogador se candidatar a vereador de São Paulo, onde tem domicílio eleitoral, em 2012. Amigo de FHC, o ex-atleta disse a seu parceiro de pôquer que não quer se envolver com política. Cascata, na opinião de gente do partido.
Na avaliação de integrantes da legenda, o Fenômeno começa a pegar gosto pela política e só rejeitou a oferta porque tem planos num degrau acima. Estaria tentado a começar a carreira pública como Deputado Federal.
Assim, os tucanos já planejam contar com o astro na disputa por uma vaga na Câmara em 2014, quando ele ainda deve estar sob os holofotes por causa de sua participação no COL (Comitê Organizador Local da Copa).
Até lá, o plano é estreitar mais as ligações. Além de amigo de FHC, Ronaldo faz parte do comitê de São Paulo para a Copa, controlado pelo PSDB.
O Fenômeno é visto pelos tucanos como algluém que gosta do ambiente político e que se envolve cada vez mais com o meio, por isso sua recusa não foi convincente para o partido. Prova disso é seu relacionamento com FHC e Lula. A visita ao ex-presidente petista, fora de uma agenda oficial, reforçou essa tese.
O problema para o partido de Fernando Henrique é que Lula pode entrar no circuito e tentar levar o passe do ex-atacante para o PT. Seria mais um duelo entre os dois às vésperas da próxima eleição presidencial.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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