Conselho de Fiscalização pede para diretoria do Palmeiras evitar negligência e prejuízo com Valdivia
Perrone
19/06/2012 06h00
Com medo de o clube levar um enorme prejuízo por causa da vontade de Valdivia de deixar o Brasil, o COF (Conselho de Orientação e Fiscalização do Palmeiras) enviou carta sobre o assunto para Arnaldo Tirone. O documento pede para o presidente ficar alerta a fim de evitar que o clube leve a pior nessa história.
Na mensagem, o órgão diz que houve quebra de hierarquia e negligência quando Kléber deixou o Palestra Itália. E fala que isso não pode se repetir. Ou seja, o pedido é para que a diretoria não aceite um negócio ruim apenas para atender à vontade do jogador. No caso do Gladiador, o alviverde recebeu do Grêmio menos do que ganharia do Flamengo, se tivesse vendido o atacante antes de ele cismar que não vestiria mais a camisa do time.
Na carta, o COF diz alertar para responsabilidade com que deve ser tratada a questão. Recomenda à diretoria "austeridade na preservação dos direitos do clube".
O documento lembra que a contratação de Valdivia gerou um grande desgaste e "um aumento substancial" para o endividamento do Palmeiras. E que ainda faltam "48 longos meses" para o clube pagar o dinheiro que levantou num banco para a compra de Valdivia. O COF ressalta ainda que o Palmeiras tem um conselheiro como parceiro nos direitos do chileno e que ele não pode ser prejudicado. Osório Furlan é o membro do Conselho Deliberativo dono de 36% dos direitos de Valdivia.
Não está na carta, mas membros do COF temem que Valdivia seja apenas emprestado, apesar de a diretoria descartar publicamente essa possibilidade. Os dirigentes afirmam que se o jogador quiser sair terá que pagar a multa rescisória.
Os "cofistas" também trabalham com a informação de que parte do elenco já torce o nariz para o chileno por acreditar que ele não está comprometido com o clube.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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