Palmeiras busca apoio do Flu para protestar contra Adidas por causa do Fla
Perrone
04/06/2012 11h22
Em pé de guerra com a Adidas, a diretoria do Palmeiras mira o Fluminense como aliado contra a fabricante de material esportivo. A ideia é unir forças para exigir mudanças nos contratos dos dois clubes a fim de aumentar os valores.
A justificativa é a oferta de R$ 350 milhões por dez anos feita ao Flamengo pela empresa, que não se manifesta sobre valores. Segundo os palmeirenses, a diretoria do Flu também se irritou com a parceira, que estaria valorizando muito mais os rubro-negros. Já houve contato entre cartolas dos dois clubes para tratar do assunto.
Segundo dirigentes palmeirenses, o alviverde recebe cerca de R$ 12 milhões por ano da parceira, contando porcentagens nas vendas de camisas e bônus previstos no contrato, enquanto o Fla ficaria com R$ 35 milhões anuais. Sem os extras, a quantia cai para cerca de R$ 9,5 milhões no acordo feito pelo Palmeiras.
Os números, porém, são contestados pelo ex-presidente Luiz Gonzaga Belluzzo, que disse ao repórter Danilo Lavieri, do Uol Esporte, que o contrato é de R$ 70 milhões por quatro anos, R$ 17,5 milhões anuais.
Ao alegar que seria injusto receber tão menos do que o Fla, hoje vestido pela Olympikus, a diretoria diz que as camisas do clube alviverde foram as mais vendidas no ano passado entre todos os patrocinados pela Adias. Os palestrinos acreditam também que o poder aquisitivo médio de sua torcida é maior na comparação com os rubro-negros.
Como já escrevi aqui, há outros pontos de discórdia entre Palmeiras e Adidas. O principal deles é a relutância da fabricante em autorizar a abertura de lojas do clube para venda de produtos mais baratos e de outra marca.
A nova polêmica deve azedar mais ainda o clima entre as diretorias de Flamengo e Palmeiras, que entraram em rota de colisão por causa de Ronaldinho Gaúcho.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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