Domingos Antonio Ciarlariello, 1º secretário do Palmeiras, foi nomeado auditor do TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) paulista. Mas a indicação fere o Código Brasileiro de Justiça Desportiva.

Integrantes de diretorias de clubes não podem fazer parte do órgão. O artigo 16 do código diz que "ocorre incompatibilidade com o cargo de auditor"  no caso de "dirigente de entidade de prática desportiva".

Os auditores das comissões disciplinares são nomeados por indicação de seus colegas do Tribunal Pleno, o primeiro time do TJD, numa tradução livre. Porém, de acordo com conselheiros palmeirenses, o presidente do clube, Arnaldo Tirone, sugeriu a indicação de Ciarlariello, apesar de sua posição incompatível com o cargo. E se estabeleceu o imbróglio.

A secretaria do TJD confirmou ao blog que dirigente não pode assumir o cargo. E declarou que Ciarlariello não compareceu a cerimônia de posse dos novos auditores, na última segunda. Esclareceu também que a presidência do tribunal averigua se de fato ele é dirigente do Palmeiras. Não terá trabalho, pois ele aparece no site do clube como secretário.

Acontece que o nome do cartola palmeirense já está no site da Federação Paulista como auditor da 3ª Câmara Disciplinar.

A nomeação gerou insatisfação no Palestra Itália, pois outros conselheiros que não ocupam cargo na diretoria avaliam que poderiam ter sido indicados.

Os novos presidente e vice do TJD também são palmeirenses. Mauro Marcelo de Lima e Silva e Luís Antonio Martinez Vidal, no entanto, não possuem vínculo com o clube. Não foram sugeridos por Tirone, mas têm a simpatia de Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista.

O blog telefonou para Tirone, mas o celular dele estava desligado.