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Santos é criticado por gastar mais de R$ 1 milhão por ano com dupla de cartolas

Perrone

25/07/2012 11h00

Conselheiros santistas de diferentes correntes, inclusive da situação, criticam o presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, o Laor, pelos altos gastos com uma dupla remunerada de cartolas contratada por ele.

Os alvos de protestos internos são Felipe Lobo Faro, superintendente de futebol, e Henrique Schlithler, superintendente administrativo. Seus críticos entendem que eles custam muito ao clube, mas não solucionam os problemas em suas áreas. Juntos,  ganham cerca de R$ 85 mil mensais. Ou R$ 1.020.000 por ano. Nessa conta não estão os encargos trabalhistas de responsabilidade do empregador.

Faro, ex-Traffic, foi contratado em fevereiro. De lá para cá, o time da Vila Belmiro ganhou o Paulista, foi eliminado pelo Corinthians na Libertadores e viu contratações fracassarem. Uma das mais sentidas foi a perda do argentino Martínez para o rival do Parque São Jorge. O clube também negociou Ibson em meio a Libertadores e não se entende com Ganso, que pode bater asas.

A queixa dos conselheiros é de que  os problemas de estrutura criticados recentemente por Muricy Ramalho não combinam com um clube que prega governança corporativa e paga bons salários a seu superintendente de futebol.

Em relação a Henrique, como já informou o blog, as queixas são referentes aos problemas na compra de ingressos pelo sistema Sócio Rei (uma de suas atribuições é melhorar o projeto) e também pelo fato de ele ser corintiano. Como no caso de Faro, os descontentes entendem que a relação custo-benefício é desinteressante para o clube.

Conselheiros da situação chegaram a pedir a demissão de Henrique  na última reunião. Também como já escrevi aqui, o superintendente administrativo diz que nasceu em Santos, foi criado na cidade, é filho de santista, casado com uma santista, pai de um santista e que preferia ser avaliado por seu desempenho profissional.

Veja abaixo nota enviada ao blog pela assessoria de imprensa do Santos sobre as críticas relacionadas aos gastos com os dois funcionários. Ao ler a última linha é impossível não lembrar que a Resgate Santista, grupo que apoiou Laor, sofreu um sério racha.

1) O Santos FC não confirma os salários que estão sendo veiculados e nem considera ético divulgar eventuais valores recebidos por seus funcionários;

2) Os dois superintendentes foram contratados junto ao mercado para aplicar a filosofia definida pelo Clube em suas respectivas áreas. Suas contratações não obedeceram indicações políticas e são frutos do processo irreversível de profissionalização que vive o Santos FC. Os resultados serão sentidos a médio prazo;

3) Após 30 meses de trabalho em que cinco títulos importantes foram conquistados – um tricampeonato paulista, o tri da Libertadores e a inédita Copa do Brasil -, o elenco sofre uma fase normal e necessária de reestruturação. As saídas de atletas foram consensuadas entre diretoria e comissão técnica e as contratações foram atrapalhadas por uma série de lesões. Além disso, qualquer time do futebol brasileiro que perder três dos seus principais atletas para a Seleção Brasileira vai sentir as perdas, por melhor que seja o elenco;

4) O Clube entende as críticas neste momento em que o time não tem colecionado bons resultados, mas sabe separar o teor construtivo, de quem se preocupa com a instituição, das críticas destrutivas de quem tem motivação política;

5) Esta gestão foi eleita por 64% dos sócios, em 2009, e reeleita por 87% dos votos, em 2011, sob o compromisso inalienável da profissionalização. Cumpriremos nossa tarefa ainda que, para isso, tenhamos que contrariar interesses.

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Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.


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