Pressionada para renovar com Felipão, a diretoria do Palmeiras prometeu ao treinador investir R$ 50 milhões em quatro reforços para a disputa da Libertadores. Contratações de alto nível estão entre as exigências do técnico para ficar.

 A cúpula palmeirense usa o meio-campista Conca como referência de bom reforço. Os cartolas falam que o projeto é trazer "quatro Concas". E dizem já ter o aval do departamento financeiro para investir R$ 12,5 milhões, em média, nos direitos econômicos de cada novo jogador.

Os nomes são mantidos em sigilo e Conca é tratado só como exemplo.

Pelo planejamento prometido ao técnico, as contratações começarão a ser feitas este ano. Até porque a atual diretoria não tem garantia de que irá vencer a eleição marcada para fevereiro.

E o atual presidente já perdeu apoio por ainda não ter acertado a permanência de Felipão. Talvez, seja por isso que Arnaldo Tirone alardeou ter conversado com o técnico sobre renovação no Rio, antes do jogo com o Botafogo.

O papo, porém, ainda não rendeu frutos. E a oposição já tirou proveito da indecisão afirmando que tem como prioridade a manutenção de Scolari.

Enquanto se esforçava para mostrar estar caminhando para um acordo com o técnico, Tirone perdia apoio em outra frente. Dezenas de conselheiros não gostaram de ficarem fora da visita feita por José Maria Marin e Marco Polo Del Nero às obras da arena palmeirense nesta quinta.

Muitos dos descontentes se queixaram com o ex-presidente Affonso Della Monica e engrossaram os pedidos para que ele dispute a eleição. Para fechar o dia, Tirone cometeu um deslize que pode colocar de vez o ex-aliado Della Monica num caminho oposto ao seu. O presidente não telefonou para cumprimentar o ex-dirigente no dia de seu aniversário. Algo banal na maioria dos casos, mas não na política alviverde, cheia de melindres.

Nesse cenário, Felipão terá que se contentar até o fim do ano com um presidente dividido entre a missão de preparar o time para a Libertadores e hidratar sua candidatura a um novo mandato.