Espionagem brasileira atrapalha comercialmente empresas e governo inglês
Perrone
01/10/2012 12h45
A apropriação indevida de documentos da Olimpíada de Londres por gente do Comitê Rio-16 atrapalhou comercialmente empresas inglesas e o governo inglês. As autoridades da Inglaterra se comprometeram a ajudar suas parceiras a vender tecnologia olímpica.
Obviamente, o empresariado brasileiro é o alvo principal, já que irá prestar serviços semelhantes para os Jogos de 2016. Ora, se o comitê brasileiro consegue parte dessa tecnologia de graça, não faz sentido pagar por ela. Sem falar no risco de quem botou a mão no material vender tudo por preço mais baixo, de maneira ilegal. Vale lembrar que existe um acordo de cooperação entre os dois comitês, mas nem tudo faz parte dele.
Assim, o episódio da espionagem brasileira deixou o comitê londrino e o governo local numa saia justa com seus parceiros. O tamanho do estrago será medido agora, momento em que a iniciativa privada inglesa, com apoio governamental, entrara em cena para vender seus conhecimentos aos brasileiros.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
Sobre o Blog
Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.