Novo campeão brasileiro, Flu segue caminho oposto ao do Corinthians, seu antecessor e vencedor da Libertadores
Perrone
12/11/2012 06h00
Novo campeão brasileiro, o Fluminense seguiu cartilha bem diferente da do vencedor anterior, o Corinthians, atual dono do troféu da Libertadores, próximo alvo dos tricolores. Os primeiros minutos de comemoração do time carioca deixaram claras algumas dessas diferenças.
A mais nítida é a aposta do Flu em um astro que brilha mais do que os colegas, enquanto o Corinthians de Tite venceu o Brasileirão e a Libertadores sem ter alguém sobrando, como Fred no Tricolor.
"É muito bom ouvir do Fred, nosso atleta top, que esse é o grupo mais unido em que ele trabalhou", disse Abel Braga a seus comandados ainda no gramado de Presidente Prudente. Não dá para imaginar Tite elegendo "o cara" em seu time de iguais.
Outra diferença foi escancarada por jogadores que agradeceram a Celso Barros, da parceira Unimed, pelo esforço para contratá-los. O Corinthians levantou a taça mais cobiçada da América sem ter um patrocinador principal fixo. Parceria, então, causa calafrios em cartolas corintianos desde o fim turbulento do casamento com a MSI.
Em meio às comemorações, dirigentes do Flu fazem promessa para montar um CT à altura da equipe, que levantou o caneco investindo mais em craques do que em estrutura. Já o Corinthians se orgulha de ter um centro de treinamento ainda cheirando a novo.
Apesar de usar um manual quase oposto ao do rival, o Flu já iniciou a contagem regressiva para tentar tirar o título da América das mãos do alvinegro. Sandro Lima, vice de futebol tricolor, disse aos jogadores que agora faltam 14 jogos para o time ganhar a Libertadores.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.