Advogados engavetam confissão e apostam em casa alugada para soltar corintianos
Perrone
06/03/2013 11h30
Após o barulho feito com o a confissão de um torcedor de 17 anos, advogados da Gaviões decidiram ainda não enviar para a Justiça boliviana a declaração do menor. Estão preparando nesta quarta a solicitação de revisão do pedido de liberdade provisória dos 12 corintianos presos na Bolívia sem citar o depoimento do garoto.
Ricardo Cabral, advogado da torcida, confiava que conseguiria libertar os detidos com a declaração do jovem. Mas as autoridades bolivianas anunciaram publicamente que não analisariam um depoimento prestado no Brasil. A defesa mudou sua estratégia, ainda que não fale publicamente ter sido essa a causa.
Ontem, os corintianos alugaram uma casa em Cochabamba. O plano é usar o novo endereço para pedir que eles respondam em liberdade à acusação de participação na morte de Kelvin Douglas Beltran.
Ao negar a soltura dos suspeitos, a Justiça boliviana alegou que eles não tinham residência fixa no país e que poderiam tentar retornar ao Brasil.
Cabral diz que vai esperar a resposta do novo pedido para decidir se envia a confissão do menor para as autoridades bolivianas.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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