Para dirigentes do São Paulo, Ney Franco erra e "queima" Ganso com reserva
Perrone
20/03/2013 06h00
Ao colocar Paulo Henrique Ganso para treinar entre os titulares nesta terça, Ney Franco agradou à diretoria do São Paulo. O sentimento da cúpula do clube é de que o treinador tem queimado o filme do meia ao deixá-lo seguidamente na reserva.
A avaliação é de que as entradas dele com o jogo em andamento deixam a impressão de que ele joga sempre, portanto não teria motivos para reclamar. Mas que no final a rotina só serve para expor o atleta.
Para integrantes da cúpula são-paulina, Ney também desvaloriza o patrimônio do clube ao deixar a contratação mais cara no banco. E a situação vira uma bola de neve, pois o meia já reclama com amigos de que está insatisfeito no Morumbi, ficando cada vez mais desmotivado.
Por essa linha de raciocínio, o treinador deveria se empenhar mais em recuperar o ex-santista, uma vez que ter Ganso tinindo seria melhor para Ney também, não apenas para o clube.
Já em relação a Lúcio, reserva no treino de terça, um dos mais importantes dirigentes do clube disse ao blog não ter sido castigo e que por questões técnicas o beque mereceu perder a vaga.
Além da insatisfação com o tratamento dispensado a Ganso, Ney desagrada aos dirigentes por responder publicamente a atletas que contestam o treinador. Foi assim com Rogério Ceni, Ganso e Lúcio.
Demonstrações de força durante entrevistas coletivas são interpretadas pela direção como insegurança do treinador.
O blog apurou que ontem o diretor de futebol Adalberto Baptista teve uma conversa com o técnico sobre os últimos episódios. Procurado, o dirigente não revelou detalhes do encontro e disse que os dois se reúnem quase que diariamente.
Entre os cartolas, o comentário é de que a repercussão dos últimos atritos já foi suficiente para convencer o treinador a ser mais discreto.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
Sobre o Blog
Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.