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Sem patrocinador, prefeitura levanta custos para pagar ao menos parte das estruturas temporárias do Itaquerão

Perrone

01/04/2013 12h00

Atualizado às 18h10

A Prefeitura de São Paulo ainda não conseguiu patrocinadores para bancar as estruturas temporárias no Itaquerão durante a Copa do Mundo e caminha para colocar a mão no bolso. Um estudo detalhado dos custos está sendo feito. Em seguida, a prefeitura fará as licitações do que considerar de sua responsabilidade. A estimativa, baseada em despesas das cidades envolvidas na Copa das Confederações,  é de um gasto de pelo menos R$ 35 milhões com o pacote total.

Oficialmente, no entanto, o discurso é de que ainda não está definido o que deve ser pago pelo município.

A SPTuris, empresa de capital aberto e que tem a prefeitura como sócia majoritária, está ajudando na operação. As estruturas temporárias englobam locação de equipamentos, mobiliário para centro de imprensa, melhorias em estacionamento e locação de geradores.

Desde os tempos de Gilberto Kassab, existe resistência na prefeitura em pagar a conta, pois o que é provisório não fica como legado para a cidade. A alternativa encontrada foi buscar patrocinadores. Até agora, no entanto, só pareceu patrocinador para bancar as arquibancadas provisórias, de responsabilidade do Governo do Estado. A Ambev vai investir R$ 40 milhões nos assentos temporários que ampliarão a capacidade do estádio do Corinthians.

A equipe do novo prefeito, Fernando Haddad, alega que nem chegou a discutir o tema patrocínio.

Os entraves que atrapalham as obras do palco de abertura da próxima Copa do Mundo preocupam a prefeitura, que agora se empenha para desatar todos os nós. Uma das prioridades é liberar os Cids, certificados emitidos pela prefeitura e que serão vendidos pela empresa que cuida do estádio. Os compradores usarão os papéis para pagar até 60% de impostos municipais.

Após a publicação do post, o blog recebeu, por e-mail, nota enviada pela assessoria de comunicação da SPCOPA, órgão da prefeitura. Leia abaixo.

A Prefeitura de São Paulo não abriu licitação nem  buscou patrocínio referente às estruturas temporárias para a Copa do Mundo de  2014. O tema está em estudo no âmbito da SPCOPA, dentro do cronograma da  preparação da cidade para o Mundial – que só ocorrerá daqui a pouco mais de 14  meses.
 
Além disso, as arquibancadas provisórias que serão  instaladas na Arena Corinthians para a Copa não são de responsabilidade da  Administração Municipal.
 
Assessoria de Comunicação da  SPCOPA

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Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.


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