Frango de Bruno encobre série de falhas do Palmeiras
Perrone
15/05/2013 00h04
Apesar da falha bisonha de Bruno no primeiro gol do Tijuana, o goleiro não pode ser considerado o único culpado pelo fracasso palmeirense nas oitavas-de-final da Libertadores.
O desastre alviverde é resultado de uma soma de erros, a maioria encobertos pelo peru de Bruno. Como a bola perdida por Henrique no lance que originou a jogada de abertura do placar.
No segundo gol, Henrique afastou mal a bola, enquanto seus colegas de defesa vacilaram na marcação.
A missão de derrotar os mexicanos talvez fosse menos árdua se Valdivia, que também tem a sua parcela de culpa, não estivesse quase sempre machucado e jogasse como a torcida gostaria. Ou se Barcos não tivesse sido negociado com o Grêmio.
As lambanças do juiz Juan Soto também atrapalharam. Aliás, o árbitro era motivo de polêmica antes mesmo de o jogo começar.
Conselheiros que estavam no Pacaembu reclamavam de a diretoria não ter feito como o Atlético-MG. O presidente do Galo, Alexandre Kalil, foi até a Conmebol barrar, via CBF, juízes brasileiros em seus jogos.
Eles queriam que Paulo Nobre tivesse agido de forma semelhante para vetar o árbitro venezuelano, chamado de bandido por Henrqiue na partida com o Libertad.
Ignorar tantos fatores seria simplificar demais os motivos da eliminação e fechar os olhos para tudo que não seja o erro de Bruno.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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