Palmeiras deve para Henrique e agentes; Cruzeiro está de olho
Perrone
04/05/2013 06h00
O Palmeiras deve luvas e direitos de imagem para Henrique. Também não pagou o combinado aos empresários do jogador. A primeira parcela prometida aos agentes, no valor de aproximadamente R$ 100 mil, vai completar um ano sem ser paga. Conforme o blog apurou, o débito total passa dos R$ 3 milhões.
A situação ameaça a permanência do zagueiro. O Cruzeiro tem interesse em sua contratação, e conselheiros temem que se repita o que aconteceu com Barcos.
O argentino foi negociado com o Grêmio sob a alegação de que poderia ir à Justiça pedir sua liberação por causa dos atrasos nos direitos de imagem.
"Não vamos deixar que troquem o Henrique por um monte de jogador meia colher. Sabemos que ele pode ir para o Cruzeiro, e vou fazer campanha, ligar para todos os conselheiros para impedir que o Henrique saia como saiu o Barcos", disse ao blog o conselheiro oposicionista José Corona.
O atleta não manifestou interesse em sair e nem falou publicamente sobre o atraso, mas está incomodado com a situação, de acordo com informações obtidas pelo blog.
O Palmeiras chegou a estudar uma negociação pela qual receberia de volta a parte (inferior à metade) que já pagou pela contratação e liberaria o zagueiro, segundo fonte ligada à diretoria. Mas o clube interrompeu a discussão que era mantida com um empresário que participou da venda.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o presidente Paulo Nobre disse que não comentaria a situação de Henrique. Marcos Malaquias, um dos empresários do zagueiro, também não quis comentar. Porém, afirmou que o desejo de Henrique é permanecer no Palmeiras.
A contratação de Henrique virou alvo de investigação do COF (Conselho de Orientação e Fiscalização). O órgão estranha o fato de duas empresas terem o direito de receber 2,4 milhões de euros. Ao mesmo tempo, não há registro de pagamento ao Barcelona, com quem o atleta tinha vínculo.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
Sobre o Blog
Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.