Punição em tempo recorde para Gaviões enfraquece desafeto da FPF em final
Perrone
10/05/2013 09h08
Na segunda-feira, o Corinthians bateu o pé para fazer um jogo da final do Paulista no Pacaembu, rejeitando o Morumbi e passando por cima do regulamento que dá ao departamento de competições da FPF o poder de decidir os locais dessas partidas.
Na quarta, soube que o caldeirão do Pacaembu ferverá um pouco menos neste domingo, no jogo com o Santos porque a Gaviões da Fiel foi vetada pela FPF.
A punição aplicada à principal organizada do Corinthians foi rápida como todas deveriam ser. A federação anunciou o castigo apenas três dias após o jogo contra o São Paulo, no qual a torcida foi acusada pela PM de agir com violência.
Em 17 punições divulgadas este ano pela federação em seu site, a média é de um prazo de 13,4 dias entre o fato ocorrido e a publicação da pena. Nesse ritmo, o Corinthians, desafeto de Marco Polo Del Nero, presidente da entidade, contaria com a Gaviões na final.
Apenas em outros dois jogos, nenhum deles na capital, o castigo demorou só três dias para sair. Os envolvidos nessas outras punições em tempo recorde foram integrantes de torcidas de Guarani, Botafogo e São Bernardo.
As maiores demoras aconteceram em penas dadas para a Torcida Jovem do Santos (31 dias) e a Independente, do São Paulo (27 dias).
"O caso da Gaviões foi mais rápido porque demorou menos para o relatório da Polícia Militar chegar na Federação. Aqui é assim, chegou, punimos. Não existe decisão política", disse Marcos Marinho, responsável na federação pelo departamento de segurança nos estádios.
Vale lembrar que integrantes da torcida poderão entrar no estádio, sem uniformes, faixas e instrumentos musicais. Farão menos barulho do que normalmente.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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