Antes de estreia, Felipão implanta sistema "bateu, levou" em relacionamento com imprensa
Perrone
15/06/2013 06h00
Antes da estreia na Copa das Confederações, neste sábado, contra o Japão, Luiz Felipe Scolari deixou claro que implantou na seleção o sistema "bateu, levou" com a imprensa.
O treinador tem respondido quase que simultaneamente às críticas a ele e a seus jogadores. Nesta semana, nota no site da CBF respondia ao comentarista Neto, que soltou um palavrão ao dizer que preferia falar sobre o Palmeiras a comentar a seleção. O comunicado citava que comissão técnica e jogadores se viam obrigados a responder.
O treinador já havia chamado de piada uma pergunta feita por repórter de rádio no Maracanã. Menos mal que não reagiu quando o entrevistador perdeu a mão e chamou o técnico de covarde.
No início da temporada de treinos para a Copa das Confederações, o técnico também se incomodou com um comentário feito na ESPN, que transmitia um treinamento ao vivo.
Nas entrevistas coletivas, ainda que educadamente, ele tem interrompido algumas perguntas para se antecipar e defender seu time. Foi assim nesta sexta quando ouviu que a seleção não é mais respeitada pelos adversários. Interrompeu a pergunta para dizer que quem não respeita o time nacional é a imprensa brasileira.
Com essas atitudes, o treinador demonstra que está atento ao que a imprensa diz. E disposto a proteger sua nova família com unhas e dentes. O único risco é ele se preocupar demais com o que se comenta, desperdiçando energia que deveria ser gasta com o time. Isso aconteceu em sua última passagem pelo Palmeiras.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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