Principal financiadora da Copa, Dilma tem prejuízo político com herança de Lula
Perrone
29/06/2013 10h37
Responsável por pagar a maior parte da conta da Copa de 2014 no Brasil, Dilma Rousseff é provavelmente quem sofreu o maior revés durante a Copa das Confederações.
Na abertura do torneio, a presidente recebeu uma constrangedora vaia no Estádio Nacional de Brasília. Em seguida, viu os protestos espalhados pelo país se agravarem. Os gastos com a Copa e a forma como o governo se curvou aos desejos da Fifa entraram na pauta dos manifestantes.
Pressionada politicamente por causa das manifestações, a presidente também sofreu pressão da Fifa. A entidade exigiu resposta dura do governo após o hotel em que seu estafe estava em Salvador ser atacado por manifestantes.
Dilma ainda tentou um encontro com Felipão, com a popularidade em alta graças aos bons resultados da seleção. Houve incompatibilidade de agendas e ela sofreu novo revés.
A menos que sua agenda mude, a presidente não estará na final deste domingo no Maracanã. Assim, a Copa das Confederações terminará com apenas uma aparição desastrosa de quem mais colocou dinheiro. Saldo negativo da herança deixada por Lula, que foi quem começou a brincadeira toda.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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