Vontade de eleitor são-paulino influencia no futuro de Ney Franco
Perrone
05/07/2013 06h00
Juvenal Juvêncio está mais preocupado com o que sócios e conselheiros pensam sobre o destino da comissão técnica do São Paulo do que em outras tempestades.
A preocupação aumentada se deve ao clima eleitoral antecipado. Tanto que, nesta quinta, um dos raros assuntos comentados pelo presidente do clube além do futuro de Ney Franco foi o pleito, marcado para abril do ano que vem.
Juvenal disse a seus diretores que precisa saber o que o povo, o torcedor, o sócio, o eleitor quer para o time.
Em outras épocas, ele não se preocupava tanto com o eleitor na hora de decidir se trocava de técnico. Mas também praticamente não tinha oposição.
Agora tem o opositor Marco Aurélio Cunha como pré-candidato e crescendo em seu retrovisor. O presidente não vai ser candidato (porque não pode), mas é questão de honra eleger um aliado.
Então, o peso da vontade de sócios (que elegem conselheiros) e de conselheiros (que elegem o presidente) aumenta na decisão sobre Ney Franco. Por isso, JJ deve medir nas próximas horas se é verdadeira a impressão de que a maioria dos votantes quer a troca de Ney por Muricy Ramalho. Opção que não agrada ao diretor de futebol Adalberto Baptista, ferrenho defensor da permanência do atual treinador.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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