Para discutir código de ética na base, SPFC se recusa a analisar acusações
Perrone
08/10/2013 06h00
O São Paulo aceita analisar um código de ética para as negociações de jogadores das categorias de base, mas se recusa a discutir episódios passados. Assim, a direção do clube do Morumbi aguarda que agremiações descontentes entreguem um documento com a proposta de um pacto.
Porém, segundo a direção são-paulina, a peça não será analisada se exigir pedido de explicações de casos recentes ou reparação financeira a clubes que perderam jogadores para a equipe paulista.
Para os representantes de Juvenal Juvêncio que foram à reunião com clubes que ameaçam boicotar a Copa São Paulo se o time do Morumbi participar, no encontro ficou claro até por parte da Federação Paulista, que a ideia é tratar apenas das situações futuras. A reunião aconteceu nesta segunda na sede da FPF.
O entendimento no Morumbi é de que um código de ética não tem muito como avançar na questão. Isso porque os são-paulinos se recusariam a se comprometer a não contratar jogadores que estejam "livres". Eles alegam que só recebem atletas que não têm compromissos com outras equipes, ainda que tenham se desligado na Justiça. Assim, declaram que são infundadas as acusações de assédio.
Vitória, Sport, Fluminense, Vasco, Botafogo, Flamengo, Atlético-MG, Cruzeiro, Coritiba e Corinthians fazem parte do grupo que ameaça o boicote.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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