Para economizar R$ 4 mil, Curitiba falta a evento da Copa
Perrone
05/12/2013 06h00
Para evitar gastos com passagem aérea, hospedagem, estadia e alimentação Curitiba deixou de participar nesta quarta de evento na Costa do Sauípe. Foi a única das cidades da Copa do Mundo de 2014 a não aparecer para se apresentar diante da imprensa.
De acordo com Reginaldo Cordeiro, secretário extraordinário da Copa do Mundo de Curitiba, a cidade não enviou representante para Bahia para conter despesas. "Assumimos R$ 400 milhões de dívidas da gestão anterior sem empenho, então estamos passando por um terrível corte de gastos", disse Cordeiro.
Ele reclamou dos altos preços dos hotéis na região em que acontece na sexta o sorteio da Copa do Mundo de 2014. "Os hotéis na Costa do Sauípe estão lotados. Na Praia do Forte, uma diária custa R$ 1 mil. Gastaríamos R$ 2 mil com hotel, mais R$ 1,5 mil com passagens aéreas e cerca de R$ 500 com transporte e alimentação. Daria R$ 4 mil, então o prefeito decidiu que não deveríamos mandar representante nesta apresentação. Enviamos só um vídeo", completou o secretário. Ele será o único representante de Curitiba no sorteio.
A ausência de representantes da capital do Paraná impediu esclarecimentos à imprensa sobre o atraso nas obras do estádio do Atlético-PR. A arena é uma das que não ficarão prontas até dezembro. A expectativa da prefeitura é de que a inauguração oficial, após a realização de dois testes, aconteça só na segunda quinzena de março.
Faltam a apresentação de garantias para a liberação de um novo empréstimo do BNDES para a conclusão das obras e há também atrasos relacionados ao gramado do estádio.
Na última segunda-feira, Curitiba foi cobrada pelo COL (Comitê Organizador Local) durante uma reunião a respeito dos prazos de entrega do estádio. Mário Celso Petráglia, presidente do Atlético-PR estava presente.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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