Corinthians sofre pressão para transformar ampliação de arena em definitiva
Perrone
18/05/2014 06h00
A diretoria do Corinthians tem sido pressionada para transformar em definitiva a capacidade do estádio de Itaquera para 68 mil pessoas. Sócios e conselheiros afirmam que 48 mil lugares são insuficientes para a torcida corintiana.
Parte dos que defendem a ampliação teme que sem ela quase todos os ingressos fiquem nas mãos dos sócios-torcedores.
Em seu site, o grupo Corinthians Supremo, formado por sócios do clube e conselheiros, diz que "existe a necessidade de se planejar a reposição de forma rápida dos 20.000 lugares" das arquibancadas provisórias. E que sem elas "deverá haver uma distribuição com os necessários lugares populares devendo avançar em lugares previstos para serem vendidos com ingressos mais caros, e isto inevitavelmente comprometerá as previsões de arrecadação".
Os assentos provisórios instalados para a abertura da Copa do Mundo devem ficar pelo menos um ano e meio na arena. Na direção corintiana há quem diga que não seria necessário construir mais 20 mil lugares. Isso porque as arquibancadas temporárias poderiam ser adaptadas para se tornarem definitivas.
Mas esse não é o problema. Existe resistência à ampliação entre dirigentes do clube por causa do aumento no custo de manutenção. E também porque dificilmente clube conseguiria manter uma média de público próxima à capacidade de 68 mil lugares, tornando mais doloroso o pagamento dos gastos com manutenção. Isso sem falar que o clube ainda tem que quitar a dívida de aproximadamente R$ 1 bilhão pela construção de sua casa.
Por meio de sua assessoria de imprensa, Mário Gobbi, presidente do Corinthians, disse que a decisão sobre deixar ou não a arena com capacidade para 68 mil pessoas será tomada no futuro.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
Sobre o Blog
Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.