Após empate, Felipão vai ser menos paizão e mais duro
Perrone
19/06/2014 01h30
Na volta do dia de folga, os jogadores da seleção brasileira devem encontrar Felipão menos paizão e mais duro nas cobranças. O treinador deu a pessoas próximas sinais de que pretende sacudir o time antes da última partida da primeira fase, contra Camarões. Isso apesar de publicamente falar apenas que a equipe está evoluindo e que pode conseguir uma "classificação com qualidade", evitando críticas em relação ao desempenho de seus comandados.
A chacoalhada deve acontecer já na primeira conversa com o grupo na Granja Comary, em sigilo, para que não fique a impressão de que o treinador está expondo seus atletas. Externamente, o discurso deve continuar sendo o mesmo, com o técnico protegendo seus comandados.
Felipão quer o time com a faca entre os dentes, focado no jogo. Essa fome de bola demonstrada na Copa das Confederações foi fundamental para Scolari convocar os mais jovens e deixar atletas experientes e de barriga cheia fora da Copa do Mundo.
Apesar das boas defesas do goleiro mexicano Ochoa, a seleção brasileira não parecia faminta no empate sem gols desta terça.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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