Na primeira semana da Copa, craques ofuscam falhas de organização
Perrone
20/06/2014 13h12
Em uma semana, a Copa do Mundo no Brasil registrou alguns vexames históricos. O maior deles foi a invasão de torcedores chilenos à sala de imprensa do Maracanã.
Porém, logo na abertura, os holofotes do estádio do Corinthians falharam, uma parte se apagou. Numa simples partida de primeira divisão de campeonato estadual, já seria um erro grave. No jogo inaugural de um Mundial é inadmissível.
Outra marca registrada da Copa em solo brasileiro é o fato de os produtos acabarem logo nas lanchonetes dos estádios. Indagado por este blogueiro sobre a falta de comida, Ronaldo, membro do COL (Comitê Organizador Local), fez graça. Disse que "é um problema mundial, a fome".
Para sorte da Fifa e do COL, no entanto, a competição também está sendo marcada por jogaços. Craques como Robben, Van Persie, Suárez, Rooney, Messi, Neymar, Müller e Drogba fazem a parte deles e ofuscam as falhas grosseiras na organização do evento. Graças a eles, a Copa no Brasil pode vir a ser lembrada como o Mundial dos grandes jogos, e não o campeonato dos vexames. No final, todo mundo fala mais dos golaços do que da cena bizarra no Maracanã.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
Sobre o Blog
Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.