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Demora para encontrar batedores de pênaltis escancara nervosismo da seleção

Perrone

02/07/2014 01h30

Quando terminou a prorrogação do jogo entre Brasil e Chile, a comissão técnica da seleção brasileira não apresentou uma lista pronta de jogadores que deveriam fazer as cobranças. Preferiu perguntar quem queria bater. E a demora para que voluntários aparecessem dá força à tese de que parte dos jogadores está sentindo a pressão de disputar a Copa do Mundo em casa.

Imediatamente à indagação de quem bateria, reagiu David Luiz, que pediu para ser o primeiro a cobrar, e, em seguida, Neymar. Depois vieram os outros. Mas houve dificuldade de se chegar aos cinco batedores, situação que alivia a barra de Willian e Hulk junto à comissão técnica. Eles perderam, mas não se omitiram. Nas entrevistas concedidas pelos jogadores após o jogo, o zagueiro Thiago Silva admitiu que pediu para não cobrar. Isso porque errou dois dos três últimos pênaltis que bateu.

Pelo histórico de Felipão, que gosta de jogadores que "vão para o pau", dá para imaginar o tamanho da decepção do treinador com a hesitação de seus comandados em bater os pênaltis. O técnico, aliás, em conversa com seis jornalistas na última segunda, admitiu o abalo emocional do time.

Por mais que o técnico tenha ficado surpreso com o temor de seus atletas, era previsível tal situação. Afinal, é difícil encontrar quem não tenha medo de entrar para história como o cara que perdeu um pênalti e eliminou o Brasil do Mundial em casa.

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Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.


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